PROJETO RADIO NA ESCOLA

PROJETO RADIO NA ESCOLA


Na realidade brasileira o rádio não é uma mídia ultrapassada como alguns podem imaginar, pelo contrário, é a mídia mais utilizada e abrange todas as classes sociais. O desenvolvimento tecnológico tem causado profundas modificações culturais que podem trazer melhorias sociais, sobretudo quando se ampliarem as oportunidades de apreensão do saber por meio das variadas mídias existentes, dentre elas o rádio. No campo educacional, as novas tecnologias potencializam as mais remotas, integrando-se a elas e proporcionando uma democratização da produção e recepção do conhecimento e das informações.
O aumento da interatividade dos meios de comunicação exige o desenvolvimento de habilidades específicas pelos seus usuários, sobretudo no contexto educacional. Dessa forma, a implementação de uma rádio escolar  tem como princípio uma educação para, sobre e na mídia. Para isso é preciso haver a gestão coletiva e democrática dos recursos, da programação e do saber-fazer, para que a rádio escolar represente a totalidade dos envolvidos na escola e contribua para o pleno exercício da cidadania.
Para criar uma rádio escola um dos primeiros passos, além de decidir o nome da rádio, é construir um projeto que esteja vinculado ao projeto pedagógico da escola. O projeto deve contemplar os objetivos da rádio, a divisão de responsabilidades e que tipo de programação será veiculada. Para definir o formato da programação é preciso decidir se os programas serão noticiários, musicais, humorísticos, educativos, e distribuí-los ao longo do tempo que a rádio estará no ar.

A rádio é um eficiente instrumento de veiculação de ideias, socialização, interação de informações, divulgação de talentos e aprendizagem. Essa mídia ajuda a fortalecer as relações aluno/ professor e família/comunidade, podendo ser aproveitada para a elevação da auto estima através de atividades diferenciadas, que desafie o aluno a superar os limites impostos pelo desnível social existente em nosso país. A radio pode melhorar muito a comunicação dentro da unidade escolar.

Objetivo Geral:
A implantação da rádio na escola objetiva estimular as manifestações; da criatividade, da autonomia, da autogestão, da gestão escolar, da socialização das informações, ampliando o universo de conhecimentos e a perspectiva de futuro através da mídia facilitadora da comunicação e participação de todos da comunidade escolar.

Objetivos específicos:
.Transformar o aluno em sujeito e objeto do universo da radio;
. Desenvolver e explorar os diferentes talentos que existem dentro de cada aluno;
. Levar o aluno a perceber os diferentes espaços possíveis para atuação;
. Ajudar o aluno a perceber os avanços tecnológicos;
. Oportunizar nos alunos o gosto por estar na escola e o desejo de aprender;
. Melhorar a qualidade da comunicação nas ações educativas dentro do ambiente escolar;
. Melhorar a qualidade das relações; aluno /aluno, professor/ aluno, gestor/aluno.
. Promover a interdisciplinaridade.

O projeto trabalha em duas frentes com as turmas, a primeira sendo a relação do professor orientador com a organização geral dos grupos e eventuais intervenções para ajustes dentro das afinidades construídas, a segunda é a equipe de produção dos textos lidos na rádio, pode ficar a cargo de um único aluno ou de um grupo maior, dependendo da forma como a turma desejar trabalhar, nesse sentido o projeto permite diferentes formatos de acordo com a forma como o grupo se sentir mais confortável (forçar ou impor formatos rígidos, aqui, não é o interesse), isso fica válido para todas as outras modalidades, com exceção da equipe de escolha de músicas que deve ser formada ou pela turma inteira ou por responsáveis delegados pela turma. A equipe de escolha das músicas deve definir os ritmos e gêneros musicais entregando antes para aprovação dos professores. Um grupo menor responsável pelo uso do equipamento, transporte do mesmo, montagem e uso durante o período da rádio e, após, a desmontagem e devolução dos mesmos para seus devidos lugares e uma equipe de locutores podendo ser formada por um ou mais alunos em um esquema de rodízio.

Uma possibilidade de dividir o tempo da programação:
2 minutos para as notícias;
5 minutos para as músicas;
1 minuto para o comercial;
3 minutos para uma entrevista;
1 minuto para prestação de serviços(divulgação de eventos, achados e perdidos e recados);
3 minutos restantes é preenchido com música.


ALGUMAS DICAS INTERESSANTES para compor a programação
Criar vinhetas para incrementar a produção (uma com o nome da rádio e outras com os títulos dos diversos programas);
A apresentação fica por conta de um casal (vozes diferentes tornam a locução dinâmica);
Uma entrevista não pode ser muito longa (entremear com músicas e falas dos ouvintes);
Coletar músicas pedidas pelos ouvintes (estudantes);
Coletar os recados apaixonados e aniversariantes do dia;
Coletar os eventos da comunidade;
Coletar os projetos da instituição escolar e até de outras escolas para estabelecer um intercâmbio.

Técnica e Equipamentos
1.Quais os equipamentos utilizados para uma boa transmissão?
2. O que é permitido falar na rádio? Você conhece casos polêmicos  de rádio, que se transformaram em processos jurídicos?
3.Como funciona os direitos autorais das músicas na rádio?
4.Quanto é pago para cantor? Ou é pago para a gravadora?
5.Podemos fazer com que uma banda com instrumentos toque ao vivo em uma rádio para transmitir ao público?
6.Que tipo de critérios se usa para escolher músicas?
7. Quais os profissionais envolvidos na produção de uma boa programação de rádio.
8. Que conselho daria para quem está começando, ou deseja ser um profissional desta área?

Linguagem  radiofônica

Os iniciantes no mundo do rádio vão entrar em contato com uma linguagem peculiar. Traduzimos aqui alguns dos jargões mais comuns e explicamos a função de cada recurso.

Assinatura - É composta pelo nome e pelo slogan do programa. É veiculada no começo da programação ou no final de um bloco. Por exemplo, "Jornal Escola, notícias quentes sobre educação".

BG - As iniciais vêm da palavra inglesa background, que significa fundo - no caso do rádio, feito pela música. A regra de utilização do BG é simples. Quando entra a fala do apresentador do programa ou do entrevistado, o volume da música abaixa para não competir com as vozes. Quando o tema do programa é alegre, músicas com ritmo acelerado podem ser colocadas de fundo. Já os mais sérios pedem uma trilha calma.

Créditos - Relação com o nome de todos os que participaram da produção, da locução e da apresentação do programa. São lidos no final da programação.

Lauda - É uma folha de papel A4, onde consta a programação. O texto deve ser claro, sem rasuras e com um bom espaço entre as linhas. É digitada ou datilografada em letras maiúsculas para facilitar a leitura. Todos os participantes (locutor, apresentador, produtor e técnico de som) devem ter uma cópia.

Spot - Pode ser um comercial ou uma mensagem institucional e tem a duração de 15 a 30 segundos. Os spots institucionais têm a função de chamar o ouvinte para a programação da rádio. Os dois tipos têm uma música instrumental de fundo e são sempre gravados.

ALGUMAS DICAS DE COMO DESENVOLVER UMA PROGRAMAÇÃO
Nas programações de  uma rádio não existem espaços em branco, por isso, pode ser considerada uma ferramenta de comunicação ágil e dinâmica. A repetição e a utilização correta dos recursos utilizados, no caso, palavras e músicas, têm o objetivo de envolver o ouvinte.
As mensagens podem ser transmitidas por:
JINGLE: uma pequena canção que pode ser utilizada, para fixação e apresentação de quadros específicos da programação e/ou para dar características próprias para o início e fim da programação.
TEXTO: os textos podem ser apresentados de diversas formas, lidos por uma só voz, dialogados, dramatizados ou até mesmo improvisados, lembrando sempre que todos os envolvidos (locutor, sonoplasta, técnicos)) devem ter os roteiros das programações.

RECOMENDAÇÕES
As mensagens apresentadas devem ser imparciais inspirando a confiança do ouvinte, buscando sempre coletar o máximo de informações sobre o assunto.
Os textos para rádio apresentam uma forma de expressão e escrita próprias apresentadas em tom amistoso, sendo o redator responsável pelos textos, auxiliado por maestros, arranjadores, técnicos e sonoplastas, onde estes são parceiros na construção de uma programação dinâmica e criativa.
Ao apresentar o programa o locutor e/ou locutores deverão estar falando para um ouvinte, a velocidade de leitura deve ser normal, correspondendo em média a 100 palavras por minuto, os textos deverão ser sempre digitados em caixa alta e espaço 2, evitando erros de leitura e necessidade de refazer a gravação

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