ATIVIDADES PARA SALA DE AULA

GEOGRAFIA

TEMA: VIOLÊNCIA URBANA

Tema a ser trabalhado no Ensino Médio.

Atualmente m dos maiores problemas urbanos do Brasil é a violência, visto que tem crescido assustadoramente  os índices  de criminalidade. Conforme dados do Mapa da Violência 2012 – Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, foram registradas em 2010, 49.203 crimes de homicídio.
A violência urbana é um fenômeno presente em várias cidades brasileiras e que é decorrente de vários fatores, entre eles, o ambiental, o social, o econômico e o educacional. Essa “nova” realidade vem afetando uma grande parcela da sociedade brasileira provocando inclusive doenças sociais e emocionais. Todos os dias, nos jornais e telejornais assistimos a notícias de assassinatos, de sequestros, de assaltos, de estupros, entre outros tipos de violência.
Sendo assim, escolhemos esse tema para trabalharmos em sala de modo lúdico, com o objetivo de criar maiores possibilidade de sensibilização de nossos alunos.
Para tanto, o professor deve antecipadamente trabalhar em sala de aula, com os alunos questões do cotidiano dos estudantes, preparando-os para esta atividade.

 Aqui, sugerimos a utilização da música “O calibre”, do grupo Os Paralamas do Sucesso.
Professor, separe todo o material para a aula:
- prepare cópias da letra da música, para entregar a cada aluno,
- prepare uma imagem com a letra da música (pode ser em ppt) para projetar no dia da aula,
- separe  um CD com a música, para tocar no momento da aula.

MÚSICA
“O calibre”
Paralamas do Sucesso.

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)
Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca para?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu.
E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais.
Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)

DEBATE
Após essa primeira etapa, faça um debate em cima de alguns trechos da música.
Debata com os estudantes os seguintes pontos:
- a relação da violência com os problemas de educação no Brasil
- os índices de violência relacionados a raça, etnia e classe social
- o investimento do governo na áreas das comunidades dos murros no Rio de Janeiro
- restrições no direito de ir e vir impostas pela violência urbana.
- como a violência interfere na vida dos alunos
- o bullying e o ciberbulling


AULA PRÁTICA DE BOTÂNICA

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA DE BOTÂNICA

CONHECENDO UM HERBÁRIO E MONTANDO EXSICATAS


ALUNO: __________________________________________________________ SÉRIE:_____________ ETAPA:_______  DATA:___________
PROFESSOR (A): Márcia Helena Sales     

1. Introdução.

Nosso programa de botânica (estudo dos vegetais) está chegando ao final dentro desse ano letivo, conhecemos um pouco do mundo vegetal, suas características, sua importância para o planeta e para a manutenção e o equilíbrio da vida.
Desta forma planejamos um trabalho em equipe, que envolverá todos vocês em atividades dinâmicas e divertidas. Através destas, vivenciaremos diversos conceitos em biologia, educação ambiental, bem como conceitos atitudinais, assim como os temas transversais.
Nosso trabalho constará de uma montagem de exsicatas, para um porte fólio a fim de conhecermos um herbário.


2. Conceitos básicos.

2.1. O que é um herbário?

O Herbário é um conjunto de amostras de partes (ramos, folhas, flores e ou frutos) de plantas mortas, preservadas, fixadas em folha de papel e organizadas segundo um sistema determinado, e que servem como material de pesquisa para todas as áreas da ciência que utilizam os vegetais como seu objeto de estudo. O tipo mais usual de preservação é a desidratação, obtida através da herborização. Nesse método, as amostras de plantas são secas sob pressão, entre folhas de papel absorvente, em pranchas de madeira, tecnicamente conhecidas como prensas. Amostras assim preparadas podem ser secas em estufas ou mesmo ao Sol, e se mantidas posteriormente em condições de temperatura e umidade constantes, livre do ataque de fungos, insetos, podem ser indefinidamente preservadas. 
Estas amostras são chamadas exsicatas, as quais, cada uma é acompanhada de uma etiqueta com os seguintes dados: nome científico da planta, nome popular, local e ambiente de coleta; coletor e data de coleta. 
Os herbários podem ser regionais, nacionais ou cosmopolitas. Coleções de referência de floras locais em áreas protegidas ou de particular interesse estão sendo muito utilizadas atualmente. Citamos como exemplos:

HERBÁRIO PRISCO BEZERRA
Fundação: ano de 1939
Curadora: Profa. Maria Iracema Bezerra Loiola
Acervo: 49.300 espécimes

Endereço: Departamento de Biologia - Bloco 906 - Campus do Pici - Fortaleza - CEFone: (85) 3366 9807      E-mail: herbario@ufc.br


2.2. Exsicata.

A exsicata é a unidade básica de coleção de um herbário, pois constitui material testemunho referencial para futuros estudos. Ela é registrada e numerada antes de ser incorporada ao acervo. As exsicatas podem ser incorporadas ao herbário seguindo dois critérios: 
a) Sequência alfa-numérico dentro da hierarquia taxonômica de Classe, Ordem, Família, Genêro e Espécie;
b) Sequência filogenética, obedecendo a ordem de parentesco e evolução dentro dos grupos de hierarquia taxonômica.
O sistema a ser seguido será alfa-numérico, por tornar mais fácil a localização das plantas.


3. Objetivos.

- Tomar conhecimento de um herbário;
- Compreender a importância de um herbário para as ciências biológicas;
- Compreender a importância da organização, do planejamento e da sequênciação no cotidiano da prática do pesquisador;
- Adquirir noção de coleta de material biológico in loco;
- Compreender a importância da técnica da coleta;
- Adquirir noções da metodologia de montagem de exsicatas;
- Adquirir noções básicas de como se trabalha em um herbário;
- Desenvolver o trabalho em equipe, as habilidades e competências individuais;
- Aprender a fazer e utilizar uma chave dicotômica de identificação;
- Adquirir noções da metodologia de uma aula em campo.

4. Sistema de manejo de coleções de herbário.

4.1. Coleta do material biológico
4.2. Herborização das coleções - prensagem, triagem, secagem;
4.3. Montagem das exsicatas - colagem dos ramos e etiqueta em folha de cartolina e 
4.3. Incorporação ao acervo - numeração, registro e arquivamento. Para isso, as coleções precisam ser obtidas através de expedições à campo ou por meio de intercâmbio entre herbários.

4.1. Coleta do material
As plantas herbáceas (ervas) devem ser colhidas, sempre que possível, com todos os elementos, isto é, com raízes, caules folhas, flores e frutos, se possível; as dimensões da planta colhida (poderá ser dobrada) devem ser adequadas às dimensões do papel onde é feita a montagem. Quando se trata de plantas lenhosas, arbusto ou árvore, só se colhem os ramos, flores e folhas. 
É nessa etapa que faremos uma aula em campo à Serra de Maranguape – CE, onde teremos a oportunidade de observar o ambiente, as condições climáticas, e ambientais de modo geral. Poderemos observar o impacto ambiental provocado pela urbanização, e as mudanças na flora local. É importante fazermos anotações em nossa caderneta sobre cada material coletado (cada um deve ser etiquetado, numerado)

Para esse momento precisaremos:
- Tesoura
- Sacos plásticos
- Etiquetas (numerar e identificar pelo nome popular)
- Caderneta de campo

4.2. Herborização das coleções
Este processo inclui a prensagem do material verde (ou fixado em álcool), a secagem em estufa ou ao Sol diariamente por aproximadamente quinze dias, e a triagem do material para montagem e para distribuição a outros herbários e especialistas.







4.2.1. Prensagem
A prensagem exige cuidados especiais porque desta etapa depende a qualidade da futura exsicata, tanto em termos de uniformidade de secagem como a perfeita exposição das folhas, frutos e/ou flores. Poderemos levar para o local da coleta a prensa ou fazer a prensagem na escola ou ainda em casa, conforme a orientação. Alguns cuidados são indispensáveis:
- Não deixar dobrados folhas, flores ou frutos, após a manipulação; 
- Colocar as folhas da planta viradas umas para cima e outras para baixo; 
- Verificar se a pequena etiqueta com o número de referência se encontra devidamente colocada na planta;
- Verificar se a pressão exercida sobre os ramos está sendo uniforme, que permita a secagem uniforme das folhas e sem destruição do material.
- As plantas (ramos) devem ser transferidas para novos jornais secos, logo no dia seguinte, fazendo-se mudas sucessivas tantas vezes quantas necessárias até estarem secas, para que a umidade contida no material biológico não contribua para a sua descaracterização e mais tarde a perda do material.

De qualquer forma, necessitaremos de:
- Jornal
- Cordão
- Prensa
- Papel ofício ou cartolina

4.2.2. Secagem e Triagem
A secagem tem que ser em temperatura constante, em estufa de madeira aquecida à gás, ou aproximadamente 24 h a 60 oC. O material mais espesso e frutos carnosos deve passar mais tempo até a completa desidratação. Alternativamente pode-se usar estufas com lâmpadas de 100 w. Como dissemos anteriormente, pode-se utilizar a luz solar diariamente.
Na etapa de triagem no caso de uma instituição de pesquisa, o material mais completo será a unicata do Herbário e o restante será distribuído com outros herbários com os quais se mantém intercâmbio e especialistas que identificam o material em troca de uma duplicata (cópia) da coleção.
No nosso caso, aqui na escola, faremos uma triagem, escolhendo aquele material que ficou melhor desidratado, que está mais completo, que se encontra em melhores condições.

4.3. Montagem das Exsicatas
Após a triagem, o material deve ser incorporado ao herbário. Para isso, a fase seguinte é a da montagem das exsicatas. Consta da colagem cuidadosa do ramo com folha, flor e ou fruto no centro de um pedaço de cartolina. Se adotássemos os padrões determinados pela Instituição de pesquisa, por exemplo, da Universidade teríamos um pedaço de cartolina de 33 x 45 cm, e no canto superior esquerdo da cartolina um pequeno envelope de 7 x 15 cm onde são guardados pequenos fragmentos da amostra, e ainda no canto inferior direito é afixada a etiqueta de 15 x 10 cm onde estão registrados os dados da planta, do local e ambiente de coleta e do coletor. O processo de produção das etiquetas é todo feito em computador e padronizado.

No entanto, aqui no Ensino Médio, onde estamos adquirindo noções básicas do estudo científico, e da metodologia de pesquisa, seremos flexíveis e utilizaremos material fora desses padrões.
Montaremos um portfólio com no mínimo 10 espécies diferentes.


5. Material necessário:
- Cartolina ou papel 60 kg, cor branca;
- Etiquetas adesivas;
- Envelopes para os fragmentos de material;
- Etiqueta padrão com os dados do material.



Experimente!
Será uma excelente oportunidade de vivenciar diversos conceitos de biologia, de procedimentos e de atitudes.

Sucesso!

Márcia Sales



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