NOSSA CARTA DE INTENÇÕES

Desde o inicio da humanidade que o homem busca resposta para os fatos em sua volta, busca entender o mundo e suas manifestações. Mais tarde com o avanço de sua intelectualidade esse mesmo homem iniciou sua interiorização a procura de outras respostas. Buscava ele entender manifestações comportamentais e emocionais, a razão de sua existência, a finalidade de sua vida.
Até os dias atuais essa pergunta está presente em salas de aula, em conversas de bares, em escritos de filósofos, biólogos, psicólogos, antropólogos, na tentativa de entender o porque do comportamento individualista do homem diante da vida e do planeta, não só de sua existência.
A pergunta “Quem somos e para onde vamos?” nos faz tomar essa mesma linha de pensamento, e cria em torno de nós uma inquietação estranha e angustiante.
Ai surge uma segunda pergunta: onde está a inteligência do homem? Por que tanta violência, por que tanta destruição?
Somos uma espécie biologicamente dotada de um cérebro bem desenvolvido, de uma inteligência extraordinária, que nos permite uma fabulosa adaptação e criação de estratégias. Mas como utilizamos essas potencialidades? De que maneira interagimos com a vida, com o planeta e com os de nossa espécie?
É algo a encarar e fazer transformações.
Aqui nesse momento representamos uma parcela da humanidade, a juventude, parcela que é ainda inexperiente, voluntariosa e cheia de energia. Assim, com todo esse potencial temos se bem direcionados, a capacidade de transformar e agir para o bem.
A juventude é aquela parcela que tem a oportunidade à sua frente, que tem a curiosidade como instrumento do aprender. Com a experiência e o direcionamento dos educadores, com a boa vontade dos pais, criamos a possibilidade real de transformação de revolução.
Por isso estamos aqui hoje clamando por melhores dias, por mudanças na qualidade de vida, por mudanças internas e externas a essa humanidade que parece, se desumanizou.
Voltemos os olhos para nossa realidade proximal, nossa escola, nossa casa, nosso bairro.
Como atuamos em nossa escola? Como nos relacionamos com as pessoas e com as coisas? Como é a nossa relação de poder sobre tudo isso?
É interessante que na maioria das vezes, na grande maioria, agimos com poder esmagador. O poder dado pelo avanço das habilidades humanas, pela inteligência própria da nossa espécie.
Falando no poder esmagador, temos hoje o bullying, a violência escolar, onde um opressor domina uma vitima que foi intimidada e amedrontada simplesmente pelo prazer de dominar.
Encontramos nas escolas como sendo próprio da geração de hoje, o uso exagerado da tecnologia e do não uso das mãos. Será que isso é bom? Será que essas ferramentas não contribuem para a desumanização do ser HUMANO? Como resposta, podemos dizer que basta olhar para o consumismo exagerado, para o uso de equipamentos inapropriados em sala de aulas, para o surgimento de doenças decorrentes do exagero do uso dessa tecnologia. Basta olharmos para a cultura do descartável.
Se pudermos ter mais, se podermos trocar coisas, e nos defendermos por trás de uma rede social, sem olhar nos olhos do outro, não oportunizaremos a experiência de conviver, de aprender a perdoar, de nos avaliarmos. As pessoas então, também tornar-se-ão descartáveis.
Caberia aqui uma reflexão sobre o caminho da humanidade?
“Para onde vamos?” É verdade, para onde estamos indo? Aonde chegaremos se continuarmos no mesmo caminho que estamos traçando hoje?
O respeito, talvez essa seja a palavra mágica.
Precisamos melhor nossas relações com os nossos colegas em sala de aula, com os nossos professores, com o espaço físico da própria escola. Precisamos melhorar nossa postura diante daqueles que constituem a escola que estudamos e trabalhamos.
Percebemos no dia a dia que a relação afetiva se deteriorou, precisamos resgatar a paixão, o amor pelas cosias e pessoas.
Com atitudes simples e cotidianas podemos fazer a diferença. Podemos mudar o nosso viver.
Por onde podemos começar?
Com um simples gesto!
Passando pelas pessoas e dando um bom dia afetuoso, um bom dia de verdade. Podemos tocar o coração do outro com o olhar.
Convocamos todos aqui que nos escutam para essa mudança. Chamamos todos para a nova caminhada. Vamos a partir de agora fazer diferente!
Estamos aqui com algumas sugestões funcionais e eficientes, que podem ser aplicadas imediatamente com o objetivo de melhorar a harmonia e bem estar do ambiente escolar.
- Um trabalho permanente com as famílias sobre o valor da educação, do diálogo entre os membros da mesma, e a eficiência da parceria escola família;
- Um trabalho contínuo sobre bullying dentro das salas de aulas, com os funcionários da escola e com os familiares dos alunos;
- A implantação de projetos que envolvam a comunidade;
- A implantação de projetos interdisciplinares convocando todos os educadores a planejar conjuntamente;
- O desenvolvimento do Protagonismo juvenil;
- O desenvolvimento da afetividade entre aqueles que fazem a escola;
Sucesso e Paz
Márcia Helena Sales
www.marciasales.com

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